sábado, 8 de fevereiro de 2014

AUTISMO - VOCÊ SABE O QUE É






AUTISMO
VOCÊ SABE O QUE É?
é um Transtorno de Desenvolvimento Global que ocorre em crianças na primeira infância impedindo-as de estabelecerem relações sociais normais. Comportam-se de modo compulsivo e ritualista, e podem não desenvolver inteligência normal, porém é diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças.
Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade. 


QUAL A CAUSA DO AUTISMO?
A causa do autismo ainda é desconhecida.
Até a década de 70 acreditava-se que o autismo tinha causas psicológicas relacionadas à falta de afetividade na relação mãe – filho.
Há cientistas que defendem a tese de uma possível causa relacionada à dieta rica em glúten, laticínio e outros alimentos podendo causar uma espécie de irritação no tecido nervoso.
Porém a hipótese mais aceita atualmente é de origem genética, com alterações em vários genes que resulta uma personalidade diferente. 



QUAIS OS SINTOMAS DO AUTISMO?*1


 2013
DSM 5 –Manual de
Diagnóstico e Estatística dos
Distúrbios Mentais

 • Deve preencher os critérios abaixo:
1. Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas
interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:
a. Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social
b. Falta de reciprocidade social
c. Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados
para o estágio de desenvolvimento.
2. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades,
manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:
a. Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais
incomuns
b. Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento
c. Interesses restritos, fixos e intensos
 Os sintomas :
• Devem estar presentes no início da infância, mas podem não se manifestar
completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas
capacidades
• Devem causar prejuízo clínico significativo em áreas do funcionamento
social, ocupacional ou demais áreas de funcionamento do indivíduo.
• Os sintomas não são melhor explicados por quadro de deficiência intelectual
ou atraso global. Para o diagnóstico de comorbidade TEA e deficiência
intelectual a comunicação social deve estar abaixo do esperado para o nível
de desenvolvimento global.
 Especificadores
• Idade de início
• Curso com ou sem regressão
• Habilidades cognitivas
• Capacidade de verbalização
(prejuízo de estruturação da
linguagem)
• Classificação de gravidade
• Associação com fator genético
ou ambiental
• Comorbidades
*1- (material retirado da apresentação da Dra. Mônica Scattolin Neurologista infantil / Pediatra)

  • O diagnóstico deve ser feito pela equipe médica, e o quanto mais cedo à criança for diagnosticada, melhores e maiores serão os resultados terapêuticos.
 
  • O tratamento deve ser individualizado de acordo com as necessidades de cada paciente. A gravidade do autismo oscila bastante, porque as causas, não sendo as mesmas, podem produzir significativas diferenças individuais no quadro clínico. Desta forma, o tratamento e o prognóstico variam de caso a caso.

Medicamentoso
Educacional
Pais e familiares
Pessoa autista
Comportamental
Intervenções Estruturadas
Intervenções Semi-Estruturadas
Intervenções Emergenciais


ORIENTAÇÕES EDUCACIONAIS:
 
Psicomotricidade;
AVDs
Estimulação de linguagem;
Atenção /Concentração;
Coordenação Dinâmica Global;
Interação Social.

A terapêutica pressupõe uma equipe multi- e interdisciplinar – tratamento médico (pediatria, neurologia, psiquiatria e odontologia) e tratamento não-médico (psicologia, fonoaudiologia, pedagogia, terapia ocupacional, fisioterapia e orientação familiar), profissionalizante e inclusão social, uma vez que a intervenção apropriada resulta em considerável melhora no prognóstico.
A base da terapêutica presume o envolvimento da família.
A farmacoterapia continua sendo componente importante em um programa de tratamento, porém nem todos indivíduos necessitarão utilizar medicamento.
Não existe medicação e nem tratamento específicos para o transtorno autista.
O sucesso do tratamento depende exclusivamente do empenho e qualificação dos profissionais que se dedicam ao atendimento destes indivíduos.
A demora no processo de diagnóstico e aceitação é prejudicial ao tratamento, uma vez que a identificação precoce deste transtorno global do desenvolvimento permite um encaminhamento adequado e influencia significativamente na evolução da criança.
Os atendimentos precoces e intensivos podem fazer uma diferença importante no prognóstico do autismo.
O quadro de autismo não é estático, alguns sintomas modificam-se, outros podem amenizar-se e vir a desaparecer, porém outras características poderão surgir com a evolução do indivíduo. Portanto se aconselham avaliações sistemáticas e periódicas.
É fundamental o investimento no SER HUMANO com autismo, toda a intervenção produzirá benefícios significativos e duradouros.

Nunca deixe de acreditar no potencial do indivíduo com autismo. (http://www.autismo.com.br/index.php)