quinta-feira, 15 de maio de 2014

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE (TDAH)



TRANSTORNO DE DÉFICIT  DE ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE (TDAH)
Sinônimos: Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, TDA, Transtornos hipercinéticos
 É um problema de desatenção (esquecimento ou dispersão), hiperatividade (alvoroço permanente) , impulsividade (impaciência) ou uma combinação destes. Para que esses problemas recebam um diagnóstico de TDAH, eles devem se apresentar fora de um limite normal para a idade e o desenvolvimento da criança.
 Ele afeta aproximadamente de 3 a 5% de crianças em idade escolar. Existem poucos dados sobre a prevalência na adolescência e idade adulta.
É mais comum em meninos do que em meninas;
SOBRE O TDAH:
Possuem um forte componente genético (40% das crianças têm pais que apresentaram o mesmo problema na infância);
Crianças com TDAH têm inteligência normal e algumas vezes até acima da média;
O TDAH é um distúrbio tratável e a melhor maneira de tratar os sintomas é através da psicoterapia e medicamento. Quanto mais cedo diagnosticado melhor o prognóstico do tratamento;
Nem toda criança danada é portadora de TDAH. É necessário que os sintomas estejam presentes antes dos sete anos e estejam trazendo prejuízos para as crianças em outro ambiente além da escola (casa, grupos recreativos, etc.).
O Transtorno de déficit de Atenção pode existir sem hiperatividade. Nesse caso, a criança apresenta-se retraída e tímida, o que torna o diagnóstico mais difícil, pois sendo quietinha não perturba, seu problema pode passar despercebido;
O TDAH não tinge só criança. Suas seqüelas podem permanecer na vida adulta;
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é um dos pontos mais difíceis e controversos. É fundamental levar em consideração os dados de história da criança e da avaliação clínica. Deve ser feito por especialistas (Neurologista, Psiquiatra e Psicólogos, entre outros).
Segundo os critérios do DSM-4 (1991), As crianças devem apresentar pelo menos seis sintomas de desatenção ou seis sintomas de hiperatividade/impulsividade antes dos 7 anos.
Os sintomas devem estar presentes pelo menos há seis meses, ocorridos em dois ou mais ambientes e não serem provocados por outro motivo.
Os sintomas devem ser graves o suficiente para resultar em dificuldades significativas em muitos ambientes, inclusive em casa, na escola e no relacionamento com os demais.
Sintomas de desatenção
Não consegue prestar atenção em detalhes ou comete erros resultantes de descuidos no trabalho escolar;
Tem dificuldade de manter a atenção nas tarefas ou em jogos;
Parece não escutar quando falamos diretamente com ela;
Não segue as instruções completamente e não consegue terminar trabalhos escolares, tarefas ou deveres;
Tem dificuldade de organizar tarefas e atividades Evita ou não gosta de tarefas que demandem manter esforço mental (como trabalhos escolares);
Seguidamente perde brinquedos, trabalhos, lápis, livros ou ferramentas necessárias para tarefas ou atividades;
Distrai-se facilmente;
Freqüentemente, tem problemas de memória em atividades cotidianas
Sintomas de Hiperatividade
Freqüentemente agita as mãos e os pés e fica se remexendo na cadeira;
Freqüentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações em que se espera que permaneça sentado;
Freqüentemente escala em demasia, em situações impróprias (em adolescentes e adultos, pode se limitar a sensações subjetivas de inquietação):
Com freqüência tem dificuldade de brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer
E  está freqüentemente "a mil", ou como se estivesse "a todo vapor"; e,
Freqüentemente fala em demasia.
Sintomas de Impulsividade
Freqüentemente dá respostas precipitadas antes que tenham sido reformuladas completamente as perguntas;
Com freqüência tem dificuldade de aguardar sua vez; e,
Freqüentemente interrompe ou se intromete em assuntos alheios (por exemplo, em conversas ou brincadeiras).
TIPOS:
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Tipo Combinado;
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Tipo Predominantemente Desatento;
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Tipo Predominantemente Hiperativo-Impulsivo.
COMORBIDADE:
• TDAH e Transtorno de Conduta (transtorno de conduta e transtorno opositor desafiante) de 30 e 50%;
• TDAH e Depressão entre 15 e 20%;
• TDAH e Transtorno de Ansiedade aproximadamente 25%;
• TDAH e abuso e/ou dependência de drogas entre 9 e 40%.
PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DO TDAH
• Baixo rendimento escolar;
• Dificuldades de relacionamento;
• Baixa auto estima;
•Interferência no desenvolvimento educacional e social;
• Predisposição a distúrbios psiquiátricos

SUGESTÃO PARA INTERVENÇÃO DO EDUCADOR:
·       Proporcionar estrutura, organização e constância (exemplo: sempre a mesma arrumação das cadeiras, programas diários, regra claramente definida, etc.);
·       Colocar a criança perto de colegas que não o provoquem e perto da mesa do educador;
·       Encorajar freqüentemente, elogiar e ser afetuoso, porque essas crianças desanimam facilmente.
·       Proporcionar estrutura, organização e constância (exemplo: sempre a mesma arrumação das cadeiras, programas diários, regra claramente definida, etc.);
·       Colocar a criança perto de colegas que não o provoquem e perto da mesa do educador;
·       Encorajar freqüentemente, elogiar e ser afetuoso, porque essas crianças desanimam facilmente.
·       Dar responsabilidades que elas possam cumprir faz com que se sintam necessárias e valorizadas.
·       Começar com tarefas simples e gradualmente mudar para mais complexas;
·       Recompensar os esforços, a persistência e o comportamento bem sucedido ou bem planejado.
·       Proporcionar um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de maneira equilibrada e se possível, fazer os colegas também terem as mesmas atitude;
·       Nunca provocar constrangimento ou menosprezar o aluno;
·       Proporcionar o trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer oportunidades sociais.
·       Grande parte das crianças com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais, quando no meio de grupos pequenos;
·       Comunicar-se com os pais. Geralmente eles sabem o que funciona melhor para o seu filho;
·       ir devagar com o trabalho, doze tarefas de 6 minutos cada uma  traz melhores resultados do que duas tarefas de meia hora. Mudar o ritmo ou o tipo de tarefa com freqüência elimina a necessidade de ficar enfrentando a inabilidade de sustentar a atenção e isso vai ajudar a autopercepção;
·       Favorecer oportunidades para movimentos monitorados, com uma ida à secretaria, levantar para apontar o lápis, levar um bilhete para o professor, regar as plantas ou dar de comer ao mascote da classe;
·       Adaptar suas expectativas quanto à criança, levando em consideração as dificuldades e inabilidades decorrentes do TDAH. Por exemplo, se o aluno tem um tempo de atenção muito curta, não esperar que ele se concentre em apenas uma tarefa durante todo o período da aula;
A PSICOTERAPIA COMPORTAMENTAL ABORDA:
Educação sobre o TDAH
Auto-controle e auto monitoramento
Comportamento governado por regras
Tolerância à frustração
Concentração/Atenção
Organização espacial e temporal
Motivação
Estratégias para solução de problemas – Treinamento de habilidades sociais.