TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE (TDAH)
Sinônimos: Transtorno do déficit de
atenção com hiperatividade, TDA, Transtornos hipercinéticos
É um problema de desatenção (esquecimento ou
dispersão), hiperatividade (alvoroço permanente) , impulsividade (impaciência)
ou uma combinação destes. Para que esses problemas recebam um diagnóstico de
TDAH, eles devem se apresentar fora de um limite normal para a idade e o
desenvolvimento da criança.
Ele afeta aproximadamente de 3 a 5% de
crianças em idade escolar. Existem poucos dados sobre a prevalência na
adolescência e idade adulta.
É mais comum em meninos do
que em meninas;
SOBRE O TDAH:
Possuem um forte componente
genético (40% das crianças têm pais que apresentaram o mesmo problema na
infância);
Crianças com TDAH têm
inteligência normal e algumas vezes até acima da média;
O TDAH é um distúrbio
tratável e a melhor maneira de tratar os sintomas é através da psicoterapia e
medicamento. Quanto mais cedo diagnosticado melhor o prognóstico do tratamento;
Nem toda criança danada é
portadora de TDAH. É necessário que os sintomas estejam presentes antes dos
sete anos e estejam trazendo prejuízos para as crianças em outro ambiente além
da escola (casa, grupos recreativos, etc.).
O Transtorno de déficit de
Atenção pode existir sem hiperatividade. Nesse caso, a criança apresenta-se
retraída e tímida, o que torna o diagnóstico mais difícil, pois sendo quietinha
não perturba, seu problema pode passar despercebido;
O TDAH não tinge só criança.
Suas seqüelas podem permanecer na vida adulta;
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é um dos
pontos mais difíceis e controversos. É fundamental levar em consideração os
dados de história da criança e da avaliação clínica. Deve ser feito por
especialistas (Neurologista, Psiquiatra e Psicólogos, entre outros).
Segundo os critérios do
DSM-4 (1991), As crianças devem apresentar pelo menos seis sintomas de
desatenção ou seis sintomas de hiperatividade/impulsividade antes dos 7 anos.
Os sintomas devem estar
presentes pelo menos há seis meses, ocorridos em dois ou mais ambientes e não
serem provocados por outro motivo.
Os sintomas devem ser graves
o suficiente para resultar em dificuldades significativas em muitos ambientes,
inclusive em casa, na escola e no relacionamento com os demais.
Sintomas
de desatenção
Não consegue prestar atenção
em detalhes ou comete erros resultantes de descuidos no trabalho escolar;
Tem dificuldade de manter a
atenção nas tarefas ou em jogos;
Parece não escutar quando
falamos diretamente com ela;
Não segue as instruções
completamente e não consegue terminar trabalhos escolares, tarefas ou deveres;
Tem dificuldade de organizar
tarefas e atividades Evita ou não gosta de tarefas que demandem manter esforço
mental (como trabalhos escolares);
Seguidamente perde
brinquedos, trabalhos, lápis, livros ou ferramentas necessárias para tarefas ou
atividades;
Distrai-se facilmente;
Freqüentemente, tem
problemas de memória em atividades cotidianas
Sintomas
de Hiperatividade
Freqüentemente agita as mãos
e os pés e fica se remexendo na cadeira;
Freqüentemente abandona sua
cadeira em sala de aula ou em outras situações em que se espera que permaneça
sentado;
Freqüentemente escala em
demasia, em situações impróprias (em adolescentes e adultos, pode se limitar a
sensações subjetivas de inquietação):
Com freqüência tem
dificuldade de brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer
E está freqüentemente "a mil", ou
como se estivesse "a todo vapor"; e,
Freqüentemente fala em
demasia.
Sintomas
de Impulsividade
Freqüentemente dá respostas
precipitadas antes que tenham sido reformuladas completamente as perguntas;
Com freqüência tem
dificuldade de aguardar sua vez; e,
Freqüentemente interrompe ou
se intromete em assuntos alheios (por exemplo, em conversas ou brincadeiras).
TIPOS:
Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade, Tipo Combinado;
Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade, Tipo Predominantemente Desatento;
Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade, Tipo Predominantemente Hiperativo-Impulsivo.
COMORBIDADE:
• TDAH e Transtorno de
Conduta (transtorno de conduta e transtorno opositor desafiante) de 30 e 50%;
• TDAH e Depressão entre 15
e 20%;
• TDAH e Transtorno de
Ansiedade aproximadamente 25%;
• TDAH e abuso e/ou
dependência de drogas entre 9 e 40%.
PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DO
TDAH
• Baixo rendimento escolar;
• Dificuldades de
relacionamento;
• Baixa auto estima;
•Interferência no
desenvolvimento educacional e social;
• Predisposição a distúrbios
psiquiátricos
SUGESTÃO PARA INTERVENÇÃO DO
EDUCADOR:
· Proporcionar
estrutura, organização e constância (exemplo: sempre a mesma arrumação das cadeiras,
programas diários, regra claramente definida, etc.);
· Colocar a
criança perto de colegas que não o provoquem e perto da mesa do educador;
· Encorajar
freqüentemente, elogiar e ser afetuoso, porque essas crianças desanimam
facilmente.
· Proporcionar
estrutura, organização e constância (exemplo: sempre a mesma arrumação das
cadeiras, programas diários, regra claramente definida, etc.);
· Colocar a
criança perto de colegas que não o provoquem e perto da mesa do educador;
· Encorajar
freqüentemente, elogiar e ser afetuoso, porque essas crianças desanimam
facilmente.
· Dar
responsabilidades que elas possam cumprir faz com que se sintam necessárias e
valorizadas.
· Começar com
tarefas simples e gradualmente mudar para mais complexas;
· Recompensar os
esforços, a persistência e o comportamento bem sucedido ou bem planejado.
· Proporcionar
um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de maneira
equilibrada e se possível, fazer os colegas também terem as mesmas atitude;
· Nunca provocar
constrangimento ou menosprezar o aluno;
· Proporcionar o
trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer oportunidades sociais.
· Grande parte
das crianças com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos, comportamentais
e sociais, quando no meio de grupos pequenos;
· Comunicar-se
com os pais. Geralmente eles sabem o que funciona melhor para o seu filho;
· ir devagar com
o trabalho, doze tarefas de 6 minutos cada uma
traz melhores resultados do que duas tarefas de meia hora. Mudar o ritmo
ou o tipo de tarefa com freqüência elimina a necessidade de ficar enfrentando a
inabilidade de sustentar a atenção e isso vai ajudar a autopercepção;
· Favorecer
oportunidades para movimentos monitorados, com uma ida à secretaria, levantar
para apontar o lápis, levar um bilhete para o professor, regar as plantas ou
dar de comer ao mascote da classe;
· Adaptar suas
expectativas quanto à criança, levando em consideração as dificuldades e
inabilidades decorrentes do TDAH. Por exemplo, se o aluno tem um tempo de
atenção muito curta, não esperar que ele se concentre em apenas uma tarefa
durante todo o período da aula;
A PSICOTERAPIA COMPORTAMENTAL ABORDA:
Educação sobre o TDAH
Auto-controle e auto
monitoramento
Comportamento governado por
regras
Tolerância à frustração
Concentração/Atenção
Organização espacial e
temporal
Motivação
Estratégias para solução de
problemas – Treinamento de habilidades sociais.